sábado, 25 de julho de 2009

As Regras do Investimento Contrário

Fonte: Página do SER

Retirado do livro: Contrarian Investment Strategy
de David N. Dreman

Tradução e adaptação de SER-

Regra N.º 1

Não utilize o “Market Timing” ou análise técnica - Estas técnicas apenas lhe custarão dinheiro.

Regra N.º 2

Respeite a dificuldade de trabalhar com uma grande massa de informações. Muito poucos de nós podem utiliza-las com proveito. Uma grande quantidade de informações não se transformam em uma grande quantidade de lucro.

Regra N.º 3

Não invista baseado em correlações. Todas as correlações do mercado, sejam elas reais ou ilusórias, se modificarão e brevemente desaparecerão.

Regra N.º 4

Empregue as estratégias de investimento com cuidado . Nossas limitações no processamento de informações complexas impedem a sua correta utilização.

Regra N.º 5

Não existem indústrias complemente previsíveis em que se possa confiar nas estimativas dos analistas. Acreditar piamente em previsões poderá coloca-lo em apuros.

Regra N.º 6

As previsões de lucro dos analistas são otimistas demais. Dê sempre um bom desconto no lucro que eles estimam.

Regra N.º 7

As avaliações dos lucros futuros, efetuados por analistas, são normalmente baseadas em um nível de precisão impossível de se conseguir. Evite métodos que dependam desse nível de precisão de dados.

Regra N.º 8

É impossível, em uma economia tão dinâmica sofrendo influências políticas, econômicas, industriais e da concorrência, empregar o passado para prever o futuro.

Regra N.º 9

Seja realista ao estimar o lado negro de um investimento, reconhecendo nossas tendências de sermos super-otimistas e super-confiantes. Espere que o ruim, seja ainda pior.

Regra N.º 10

Tire vantagem da grande probabilidade de erro de resultados estimados por analistas investindo em papéis fora-de-moda.

Regra N.º 11

Surpresas negativas e positivas afetam as “melhores” e “piores” ações de maneiras contrárias.

Regra N.º 12

(A) As surpresas (em resultados), de uma forma geral, melhoram o desempenho de ações “fora-de-moda”, enquanto diminuem a das ações “favoritas”.

(B) Surpresas positivas resultam em maior apreciação das ações “fora-de-moda” enquanto acarretam um efeito mínimo nas “favoritas”.

(C) Surpresas negativas ocasionam uma maior queda no preço das ações favoritas, e possuem quase nenhum efeito sobre as ações “fora-de-moda”.

(D) O efeito “surpresa de resultados” permanece ainda por um período considerável.

Regra N.º 13

As ações “favoritas” tem performance inferior ao Mercado, enquanto que, as ações “fora-de-moda” tem performance superior. Só que essa apreciação ocorre muito vagarosamente, quase que “glacialmente”.

Regra N.º 14

Compre companhias sólidas, temporariamente “fora-de-moda” no Mercado, quando apresentando:baixo P/L, baixo P/CF (Price to Cash-Flow), baixo P/PL, e com altos “Dividend Yelds”.

Regra N.º 15

Não especule em ações com preço alto visando conseguir um retorno acima do Mercado. As ações “Blue Chips” que viúvas e órfãos tradicionalmente escolhem são igualmente valiosas para o investidor agressivo.

Regra N.º 16

Evite transações desnecessárias. Os custos dessas transações podem diminuir muito o seu ganho no passar dos anos. A estratégia de investir em ações de baixo P/L vem obtendo resultados superiores ao Mercado por longos períodos e são uma forma excelente de reduzir os custos decorrentes de um número elevado de transações.

Regra N.º 17

Compre apenas ações contrárias devido aos seus resultados superiores.

Regra N.º 18

Invista igualmente em 20 a 30 ações, diversificadas entre 15 ou mais grupos industriais (se seu Patrimônio for suficiente).

Regra N.º 19

Compre companhias de médio e grande porte listadas no “New York Exchange”, ou companhias grandes da “Nasdaq” e “American Stock Exchange”.

Regra N.º 20

Compre as ações mais baratas dentro de um Grupo Industrial, escolhidas pelas quatro estratégias contrárias (baixo P/L, baixo P/CF (Price Cash-Flow), baixo P/PL, e com altos “Dividend Yelds”), não se importando quão alto ou baixo estejam o preço geral daquele determinado grupo.

Regra N.º 21

Venda uma ação quando seu índice P/L (ou outro indicador contrário) se aproximar do P/L do Mercado, por melhores que forem as perspectivas daquele papel. Troque por outra ação contrária.

Regra N.º 22

Veja além das semelhanças entre as condições de investimento reinantes e aquela parecida, que aconteceu no passado. Considere outros fatores importantes que podem ocasionar um resultado diferente.

Regra N.º 23

Não se deixe influenciar por resultados de curto prazo de administradores de fundos, corretores, analistas ou conselheiros financeiros, por mais espetaculares que eles possam parecer. Não aceite explicações econômicas ou novidades da mídia sem um embasamento substancial.

Regra N.º 24

Não se baseie apenas nos últimos rendimentos (caso específico). Baseie suas avaliações na média histórica, ou seja, nas probabilidades passadas de perda ou ganho.

Regra N.º 25

Não fique encantado pelos resultados fenomenais de um determinado papel ou do Mercado como um todo apresentados recentemente quando eles se desviarem significativamente da média passada. Os rendimentos tenderão a convergir naturalmente para a média anterior. Os retornos particularmente altos ou baixos devem ser considerados exceções.

Regra N.º 26

Não espere que a estratégia que você adotará se torne um grande sucesso da noite para o dia. Dê a ela tempo suficiente para que possa acontecer.

Regra N.º 27

Trazer o mercado de volta para a taxa de retorno histórica é o princípio fundamental de mercados competitivos.

Regra N.º 28

É muito mais fácil prever a continuidade da reações psicológicas dos investidores do que das companhias.

Regra N.º 29

As crises financeiras e políticas levam os investidores a vender suas ações. Esta é exatamente a reação oposta. Compre durante um período de pânico, não venda.

Regra N.º 30

Durante uma crise avalie cuidadosamente as razões pelas quais as ações tiveram seus preços rebaixados - Elas irão sumir sob boa ponderação.

Regra N.º 31

(A) diversifique. Não importa quão barato um grupo possa parecer naquele momento. Você nunca saberá se está comprando um trambolho.

(B) use indicadores contrários durante crises. Nestas ocasiões, quando os preços caírem, os indicadores tornarão-se ainda mais evidentes, aumentando a suas chance de obter um excelente retorno.

Regra N.º 32

Volatilidade não é risco. Evite efetuar investimentos baseados na volatilidade.

Regra N.º 33

Investindo em “Small Caps”: compre companhias que sejam financeiramente fortes (com endividamento menor que 60% do PL), para firmas não financeira.

Regra N.º 34

Investindo em “Small Caps”: compre companhias que apresentem taxas de dividendos crescentes e contínuos, sempre acima da média do mercado.

Regra N.º 35

Investindo em “Small Caps”: escolha companhias com taxa de crescimento de lucros acima do Mercado.

Regra N.º 36

Investindo em “Small Caps”: Diversifique bastante, principalmente quando se tratar de Companhias “Small Caps”, porquê este tipo de ação tem, normalmente, uma liquidez muito baixa. Uma boa carteira de Small Caps, deve ter o dobro de ações que teria uma carteira de ações de grandes companhias .

Regra N.º 37

Investindo em “Small Caps”: Seja paciente. Nada funciona todo o ano, mas quando esse tipo de companhias dispara, o retorno é, quase sempre, fabuloso.

Regra N.º 38

Investindo em “Small Caps”: Não invista em companhias com grandes “spreads” de compra e venda a não ser que você esteja certo que possui uma jóia em suas mãos.

Regra N.º 39

Investindo em “Small Caps”: Quando investindo em ações de “Small Caps” leve em consideração, além das taxas referentes a aquisição das ações, a diferença entre o preço de compra e o de venda.

Regra N.º 40

Evite fundos pequenos, e que apresentem desempenho excepcional no curto prazo, normalmente esta estrada só leva a um local: ao fundo do precipício.

Regra N.º 41

E por fim, lembre-se sempre de uma coisa: No mercado, as percepções mudam rapidamente.


Veja também:

Nenhum comentário: