quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Credit Suisse: reservas podem ser o dobro

Kelly Lima
Da agência Estado

Relatório de analistas do Credit Suisse distribuído a investidores aponta que em 12 blocos perfurados ou com projeto de perfuração na Bacia de Santos e em outros dois da Bacia de Campos existem reservas estimadas em 21,05 bilhões de barris de petróleo e gás. Esse volume quase duplica a posição do Brasil em reservas, perto de 14 bilhões. Entre os blocos listados está o de Tupi, uma parceria entre a Petrobras, BG e Galp, no qual foi divulgada recentemente a descoberta de uma megajazida com reservas estimadas entre 5 e 8 bilhões de barris.

A exposição positiva, feita com base em dados coletados por analistas do banco no relatório intitulado "Exploração brasileira: 70 bilhões a 100 bilhões de barris?", não esconde, porém, o ceticismo com relação ao real potencial da chamada camada de pré-sal.

"Apesar de haver de alguma forma um exagerado otimismo em relação às reservas por parte do governo, por certo direcionamento político, acreditamos ser indiscutível a importância do evento, para a Petrobras e para o Brasil, que apenas um campo possa conter 8 bilhões de barris de óleo", afirma o documento. O relatório desconsidera o potencial previsto de até 80 bilhões de barris apontados pelo governo como possível para o Brasil atingir na próxima década, diante das perspectivas anunciadas, mas o trabalho é francamente otimista.

No estudo que toma como partida a recente descoberta de Tupi, os analistas fizeram estimativas para detalhar quais campos no entorno desta área poderiam contribuir para a elevação das reservas. Neste contexto, o Credit Suisse analisou cinco prospectos de reservas potenciais na Bacia de Santos (Carioca, Parati, Perpino, Saleta e Corcovado) e dois campos (Caxaréu e Pirambu), que já tiveram sua comercialidade declarada pela Petrobras à Agência Nacional do Petróleo. Além disso, trabalhou também sobre seis blocos ainda não nomeados, na Bacia de Santos.

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